Nossa Peça Teatral da Vida





SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 14

Quíron,
Curador Ferido e 
Mestre dos mestres,
Ponte entre os Luminares e Planetas Pessoais e Sociais .... 
e os Planetas Transpessoais
e seus Ciclos


Nossa Peça Teatral da Vida

 Janine Milward


Eu sempre gosto de dizer que nosso mapa astral natal – que eu denomino de O Risco do Bordado - pode ser visto como nossa grande peça teatral de vida onde nossa essência essencial, nosso Dharma, vai agir como o Diretor desta Peça – sempre a partir do nível de ampliação de consciência que vamos adquirindo – e possivelmente podemos pensar que o Produtor desta Peça seja nosso Karma, quer dizer, as questões de ações e suas reações em potencial que acabamos trazendo para serem revivenciados, resgatados e exauridos e concluídos nesta encarnação atual.

O Diretor e sobre o Produtor desta peça teatral de nossa vida – o Dharma e o Karma:  A forma com a qual o Caminhante vivencia sua mente que dirige sua vida – seu Dharma – fará toda a diferença em relação aos Karmas e Samskaras (ações e reações em potencial) trazidos para esta vida atual. 

Na verdade, a motivação fundamental da vida em si, da encarnação em si, é o fato de que a mente (através o Caminhante em sua encarnação) ainda precisa vivenciar e resgatar Karmas e Samskaras anteriores trazidos para a vida atual... até que chegue uma dia uma existência, uma vida, onde todos os Karmas sejam apenas positivos, todas as ações sejam apenas positivas e, portanto, não mais proporcionando Samskaras negativos a serem vivenciados e resgatados mais à frente, em vida sucessivas posteriores: é a conclusão da Samsara, a Roda da Vida.  É certamente um longo trajeto a ser trilhado... Lao Tse, o Mestre do Tao, nos diz que “Uma longa jornada começa debaixo dos pés”, ou em outra versão, “Uma longa jornada começa com o primeiro passo”.

 Porém, temos que também falar sobre o Dramaturgo, o Escritor: eu, você, cada um de nós.  E em que se inspira este Escritor?  Em sua própria vida, naturalmente.  No entanto, quando estamos diante de um Risco do Bordado, não estamos diante de uma peça teatral onde nada foi inscrito, escrito, apresentado em texto e em conteúdo de vida.  Bem ao contrário, o Risco do Bordado é tecido pelo Escritor narrando sua vida ao longo de zilhões de encarnações, incluindo nesta peça atual, nesta encarnação atual, alguns fatos pinçados de ações de Dharma e de ações de Karma e Samskara (ações e suas reações em potencial), advindos de vida sucessivas anteriores.

A partir do momento do nosso nascimento, o Escritor vai, então, começando a escrever esta nova história – porém o Baile dos Arquétipos estabelecido no Risco do Bordado já está claramente enunciado.  Sendo assim, dentro desse Baile de Arquétipos, o Escritor vai escrevendo sua nova história.

É preciso que exista um liame forte entre Escritor e Diretor desta peça teatral de vida.  Ou seja,  Escritor é nossa parte diretamente ligada ao Tao da Criação – é nosso Espírito, é nosso Sol, certamente.  No entanto, o Diretor precisa se conscientizar realmente sobre aquilo que significa sua essência essencial, seu Dharma.  Essa é nossa índole fundamental.

Srii Srii Anandamurti nos diz:  “Lute por sua ideologia.  Seja uno com sua ideologia.  Viva para sua ideologia.  Morra por sua ideologia.”

É preciso refinar a consciência ao máximo para alcançar o maior refinamento de seu Dharma, aquilo que lhe traz sua profunda alegria de viver e, portanto, cada vez mais se aproximar da conscientização do Espírito fusionado ao Tao da Criação.

E é também preciso que esta consciência mais refinada sobre o Dharma aconteça em bom nível de maneira que possamos realmente vivenciarmos nossos Karmas e nossos Samskaras propostos para assim acontecerem em nossa vida, os resgatarmos e os exaurirmos... e além disso, também nos conscientizarmos de praticarmos menos e menos ações negativas para não colhermos reações negativas tanto ainda nesta vida atual quanto em vidas posteriores.

Sendo assim, o Escritor veio escrevendo a vida desde sempre – através zilhões de encarnações – mas precisa estar sempre bem aliado ao Diretor e sua atuação de Dharma e ao Produtor e sua atuação de Karmas e Samskaras.




As Casas Astrológicas são os Cenários desta nossa peça teatral de vida

Os Signos que vão preenchendo as Casas Astrológicas vêm trazendo todo o colorido que vai preenchendo esses Cenários da peça teatral,  ambientação de cada Cenário, a música, a coreografia, o Texto, a Trama.

Finalmente, estaremos encontrando os Atores e as Atrizes que estarão vivenciando estes Cenários e que estarão proferindo estes Textos: Os Luminares, os Planetas e Asteróides e os Pontos.

Existem duas circunstâncias que podem ser consideradas como o Ator Principal e a Atriz Principal – são nosso Sol e nossa Lua, respectivamente. 

A meu ver, nosso Sol representa nossa fusão maior com o Absoluto, com a Suprema Consciência, com Deus, com o Tao, com Parama Purusa, enfim, qualquer nome que podemos encontrar para nomear aquilo que podemos pensar como O Criador ou como Aquele que está ainda além do Criador.

Nosso Sol é nosso Espírito, é uma energia subjetiva que, no entanto, se objetiva intensamente em nossa encarnação.  É nossa Luz Maior.

Nossa Lua é nossa Alma, é uma energia também subjetiva mas que se objetiva de maneira a realizar nossa encarnação, acolhendo em seu bojo nosso Espírito (realizado através nosso Sol) e fazendo-o acontecer em nossa vida. 

Ou seja, nossa Lua é a energia que permite nosso Sol de hoje acontecer e, ao mesmo tempo, também exala muitas das energias de memórias emotivas de encarnações anteriores que teriam sido muitíssimo importantes e que ainda permanecem no escopo da memória de inconsciente akásico trazido pela Lua. 

Neste sentido, podemos dizer que nossa Lua, no Signo e na Casa Astrológica que se encontra em nosso Risco do Bordado (e também onde o signo de Câncer se encontra e os arquétipos que acolhe – porque a Lua rege Câncer), vem falar de algum Sol anterior nosso que é ainda muitíssimo importante de ser revivenciado, mesmo que em memórias emotivas, por nossa Lua de nossa encarnação atual.


Outras duas circunstâncias que também podem ser consideradas como Principais na peça teatral de nosso Risco do Bordado são realizadas por um Ponto e por um Planeta ou Luminar, ou seja, pelo Ascendente e pelo Regente do Ascendente.

O Ascendente vem nos falar sobre nossa encarnação propriamente dita, ou seja, pelo momento exato em que nosso nascimento acontece – porque, segundo alguns pensamentos filosóficos e religiosos, existe o momento em que a Alma realmente assegura-se que estará naquele corpo e encarnando – em Astrologia, eu denomino esse momento como o de Ninhada da Alma) e existe o momento em que este nascimento efetivamente acontece e que faz acontecer o Risco do Bordado, o mapa astral natal, a nossa carteira de identidade cósmica.

O Regente do Ascendente é aquele que vem falar de como diretamente e incisivamente, digamos assim, exercemos esta nossa encarnação propriamente dita; como se fosse uma reação imediatamente imediata ao Ascendente: é nossa apropriação de nossa encarnação no Planeta Terra, é o lugar – em Casa e Signo e Arquétipo – onde nós traduzimos nossa encarnação propriamente realizada.  Por todas estas razões, também o Regente do Ascendente pode ser denominado de Regente do Mapa.

Ainda conversando sobre a peça teatral e seus personagens, vemos que existem Atores e Atrizes que são também principais, é claro, mas que poderíamos dizer que representam as várias situações energéticas que fazem parte dos Textos dos Atores e Atrizes Principais realmente – que são, como vimos, o Sol, a Lua, o Ascendente e Regente do Ascendente. 

Estes são os Planetas.   Nos Textos vivenciados pelo Sol, pela Lua, pelo Ascendente e pelo Regente do Ascendente, os Planetas vão nomeando, digamos assim, as várias facetas da vida do Escritor que está escrevendo e vivenciando sua peça teatral.

Existem os Planetas Pessoais: Mercúrio, Vênus e Marte; existem os Planetas Sociais: Júpiter e Saturno; e existe a Ponte entre esses e os demais: Quíron; e existem os Planetas Transpessoais: Urano, Netuno e Plutão (e o Transplutoniano).

Não podemos nos esquecer que existem os Pontos que nos norteiam no Risco do Bordado: A Grande Cruz de Encarnação – Ascendente, Fundo do Céu, Descendente e Meio do Céu; a Parte da Fortuna (que engloba os graus do Ascendente, da Lua e do Sol).  E, de importância ímpar, existe o Trem da Vida onde os Vagões falam das bagagens que trazemos para a vida atual e a Locomotiva fala da atualização dessas questões de forma a elaborar a vida atual já se orientando para a vida futura.

No entanto, existem ainda outras energias arquetípicas que também vão dando significado à vida do Escritor e que podem ser vistos como Atores e Atrizes Co-Adjuvantes: Vulcano (sempre aliado ao Sol e a Mercúrio) e os asteróides que circulam entre Marte e Júpiter: Juno, Vesta, Pallas Athenas e Ceres e ainda a Lilith que eu estou começando a estudá-la mais pesquisadamente, passo a passo.


É certo que existem outros pontos e ainda outros proto-planetas, etc, etc, etc, usados por outros astrólogos... mas eu prefiro me situar entre esses citados acima.


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti 




Quem sou eu

Minha foto
Sou uma estudiosa de alguns aspectos da vida.