Algumas Reflexões sobre a Troca de mortalidade de Prometeu com a imortalidade de Quíron





SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 14

Quíron,
Curador Ferido e 
Mestre dos mestres,
Ponte entre os Luminares e Planetas Pessoais e Sociais .... 
e os Planetas Transpessoais
e seus Ciclos

Algumas Reflexões
 sobre a Troca de mortalidade de Prometeu com a imortalidade de Quíron

janine milward


É importante que vejamos a questão da troca de mortalidade e de imortalidade entre Prometeu e Quíron:

Alguns autores dizem-nos que Prometeu era um imortal e outros dizem que era um mortal.  A verdade é que ele era um dos Titãs, seres primordiais no Planeta Terra.  Muitos autores nos dizem que Prometeu fez do barro o homem e a mulher e não contente, deu-lhes o conhecimento, o uso da mente e da razão e da compreensão da intuição, através o fogo que ele havia roubado dos deuses e por essa mesma razão, acabou tendo que cumprir uma penalidade de estar acorrentado a uma coluna no monte Cáucaso por cerca de 30.000 anos, com seu fígado sendo bicado durante o dia por um abutre e restaurado durante a noite.  É interessante que percebamos que o número 30 sempre nos lembra o tempo de cerca de 29 anos de translação de Saturno em torno do Sol e de retorno de Saturno em nosso mapa astral natal.

Prometeu havia roubado o fogo dos deuses e o entregue aos homens.  O fogo vem então significar Poder e Consciência, retirando, dessa forma, a humanidade de sua inconsciência primordial e tornando-a consciente de si mesma e de seu poder, diante da vida.  Fogo é vida.  Portanto, a partir do momento em que os homens puderam ter acesso ao fogo, houve uma imensa expansão não somente da possibilidade de expansão da humanidade em si - através a proteção e a facilitação da alimentação proporcionadas pelo fogo -, como também da realidade de expansão da consciência primeiramente coletiva e tribal e em segundo momento, individual de cada um dos seres.  Os homens já não estavam mais tão subjugados aos deuses, como antes.  Havia agora o poder e a consciência que faziam que os homens pudessem realizar suas vidas de forma um tanto mais independente, digamos assim, dos deuses e a relação entre homens e deuses mudou definitivamente  - a partir do momento em que Prometeu doou aos homens o fogo.

Podemos então pensar que o Dharma de Prometeu foi inteiramente cumprido através essa sua ação.  No entanto, o Karma e o Samskara de tal ação e sua reação também lhe aconteceram: foi amarrado a uma rocha tendo seu fígado sendo comido diariamente por um abutre.  Era um castigo realmente atroz!

Quando Hercules propôs a Júpiter que para que libertassem Prometeu de seu castigo atroz e realizasse a troca de sua mortalidade com a imortalidade de Quíron - que também tinha seu sofrimento atroz e ansiava pela morte... -, a verdade é que o Dharma dessa realização de Hercules foi absolutamente fundamental dentro da realidade das vidas de Prometeu e de Quíron (uma vez mais Hercules realizava o Dharma e o Karma e os Samskaras quironianos) e dentro da realidade da vida da humanidade como um todo bem como dentro da realidade da vida dos deuses, da mesma forma.

E por que digo isso?  Bem, primeiramente temos que compreender que a humanidade estava inteiramente independente, a partir de então, em relação ao seu  uso do fogo - ninguém mais estaria resgatando Karmas e Samskaras a partir da ação de doação do fogo dos deuses aos homens.  Nesse caso, também a própria humanidade em si já estava inteiramente resgatada de seus Karmas e de seus Samskaras em termos da aquisição de maior expansão de sua consciência e podia se atrelar de forma mais digna, digamos assim, ao seu Dharma essencial, ao seu Trabalho e aos seus Caminhos da Iluminação e da Liberação ou Imortalidade.  Essas questões estariam levando a humanidade - cada ser em seu tempo e em seu próprio Dharma sendo realizado - a ocuparem seus próprios lugares ao lado dos deuses, sem dúvida alguma!

Júpiter, por sua vez, pôde também realizar-se inteiramente em seu Dharma pois que mostrou-se verdadeiramente justiceiro e protetor deus dos deuses e dos homens e de toda a natureza.  Aliás, é interessante observarmos que o Planeta Júpiter é quase um Sol, realmente, por pouco não se tornava um Sol... mas certamente, em função de seu gigantesco tamanho,  faz uma verdadeira barreira de forma que os raios solares não o ultrapassem e possam se fixar na Terra, lugar de materialização plena da vida, Estação de Trabalho e de Iluminação.

E sabemos que Hércules é o realizador dos Doze Trabalhos, ou seja, aquele que se tornou herói de si mesmo e dos homens mostrando a todos a possibilidade de cumprirmos com os Doze Cenários de Vida contidos em nosso Risco do Bordado.

E podemos também compreender que deve haver uma relação de interação kármica bastante intensa entre Prometeu e Quíron, certamente.  Um complementou o Dharma do outro.

Se não houvesse acontecido a troca entre a mortalidade de Prometeu e a imortalidade de Quíron, se o fogo e a consciência não tivessem sido plenamente conquistados pelo homem, a Terra não teria realizado seu Dharma enquanto Planeta de Trabalho e de Iluminação!

A troca entre a mortalidade de Prometeu e a imortalidade de Quíron é o que proporcionou aos homens sua ampliação de consciência.  Se não, vejamos: Prometeu é a imagem do atrelamento dos homens aos deuses, em espiação de suas culpas no sentido do roubo do fogo, é a imagem do Karma e dos Samskaras - ação e reações em potencial - advindos do desejo de ampliação da consciência, do homem.  Essa culpa e esse castigo, ao ficar sendo espiado por Prometeu, trazia em si a imagem da humanidade como um todo espiando essa mesma culpa e sofrendo esse mesmo castigo.

Ao terminarem a culpa e o castigo, a libertação de Prometeu significa a libertação da humanidade.  Ao se tornar imortal, Prometeu traz a imagem de que também a humanidade pode assim se tornar - já livre da culpa e do castigo de ter adquirido sua possibilidade de expansão de sua consciência!  A expansão da consciência pressupõe a realização do Trabalho e então, a possibilidade de nos colocarmos em nosso Caminho da Iluminação, e posteriormente, em nosso Caminho da Liberação ou Imortalidade!  Sendo assim, a imortalidade adquirida por Prometeu nos avisa que tudo isso é extremamente possível de ser realizado, dentro de um Planeta de plenitude de vida materializada, como a Terra, nossa Mãe-Gaia.

Por outro lado, a libertação do sofrimento da ferida nunca curada de Quíron, através de sua mortalidade que lhe presenteou seu desejo de morte sendo plenamente realizado..., trouxe a homem a imagem de que a mortalidade e suas dores - ou seu desejo de morte ou seu medo de morte - são apenas questões circunstanciais advindas de seu corpo físico e demais outros corpos que fazem parte de sua encarnação!  O que realmente importa é a imortalidade adquirida através a expansão da consciência - primeiramente através o Trabalho, depois o Caminho da Iluminação e finalmente, o Caminho da Liberação ou Imortalidade, quando o homem se torna um Mestre Imortal e que pode decidir se irá sustentar com sua força e energia todo um Planeta ou se irá criar um novo sistema solar ou mesmo uma nova galáxia ou quem sabe, um novo universo... ou simplesmente irá se tornar um Bodhisattva, um ser de compaixão que retorna à Terra ou a um Planeta de vida inteiramente materializada para ajudar - como Mestre Liberado - a todos os demais seres em seus caminhos de Trabalho e de Iluminação e de Liberação!

Portanto, se não houvesse acontecido a troca entre a mortalidade e a imortalidade, a humanidade já teria perecido, certamente, sem ter tido acesso à consciência e sua expansão plena e a Terra não teria tido a oportunidade de realizar seu Dharma.

No caso de nossa leitura e interpretação do mapa astral, é preciso que também possamos investigar a respeito do nível de consciência que nosso cliente ou o Caminhante que até nós chega e nos procura para seu auto-conhecimento em termos de como esse ser pode vir a realizar essa mesma troca!

Sabemos de casos muito especiais, onde a pessoa consegue realmente superar vários dos obstáculos apresentados por sua dor maior, por sua ferida maior, e exerce essa superação através da expansão de sua consciência.  O físico Stephen Hawkings, por exemplo, é uma dessas pessoas: ele mesmo já disse inúmeras vezes que se não tivesse sido acometido da doença que degenerou seus ossos e seus músculos e o prendeu definitivamente, ao longo de sua vida de maturidade a partir dos seus anos vinte... a uma cadeira e mais tarde, inclusive, perdeu sua fala...  ele afirma que se tudo isso não lhe tivesse acontecido é possível que ele não teria desenvolvido e aprofundado seu trabalho dentro da física da maneira que o fez (e ainda vem fazendo), tornando-se um real Mestre para a humanidade.

Obviamente, não podemos dizer que todos nós estaremos passando por questões físicas de dores e de sofrimento da forma como muitas pessoas passam.  Mas podemos dizer que todos nós estaremos passando por questões espirituais e anímicas e psíquicas de dores e de sofrimento, sem dúvida alguma.  Cada um de nós possui seu Dharma e seus próprios resgates de Karmas e Samskaras e já aprendemos, um tanto, a ler sobre essas questões assinaladas por nossa Alma dentro do tecimento do seu Risco do Bordado, junto ao Tao da Criação.  Cada um de nós possui uma espécie de dor e de sofrimento - o que nos faz um tanto desejar a superação dos mesmos, nem que seja através da morte.  A questão é: para que isso aconteça de forma transcendente e verdadeira, é preciso que haja a troca, ou seja, é preciso que a morte não seja um término - nem mesmo a vida seja uma realidade única.  Sabemos que vida e morte são duas palavras para dizerem a mesmíssa coisa: a Eterna Mutação sob o Tao da Criação. 

Portanto, a verdadeira troca é o desejo de fusão do homem com o Tao da Criação.  Ao Trabalhar e se colocar em seu Caminho da Iluminação obtendo mente infinita e iluminada e posteriormente ao trilhar seu Caminho da Liberação ou Imortalidade obtendo vida infinita e iluminada, o homem fusiona-se com o Tao da Criação, seu único e verdadeiro desejo. E por isso mesmo, fusiona também as questões de mortalidade e de imortalidade: tudo isso fará parte da Eterna Mutação, apenas isso.  Somente o Tao é imutável.  Mesmo aquele ser que se torna um Imortal, continua sua fusão entre vida e morte através a Eterna Mutação.  Somente o Tao é imutável.  A única possibilidade de também nos tornamos imutáveis é através da expansão da nossa mente e da nossa vida no sentido de nos fusionarmos plenamente ao Tao, que é imutável.


A Consciência Suprema Sou Eu.  Eu Sou a Consciência Suprema.

Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti 




Quem sou eu

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Sou uma estudiosa de alguns aspectos da vida.